Nós

É lógico que não tem um só jeito de fazer alegoria no cinema, ainda menos no horror, que tem tanta afinidade com sci-fi e fantasia – gêneros que, a meu ver, têm um potencial alegórico como poucos. Dito isto, é meio raro que um filme com mão tão pesada em metáforas e simbolismos quanto Nós funcione tão bem.

Missing Link

É até meio fútil ficar cantando as façanhas técnicas do Laika, mas como dá gosto fazer isso. Depois do que acho o grande filme do estúdio – Kubo e as Cordas Mágicas -, a proposta de buscar um universo mais singelo e reconhecível soa até como um desafio intencional. Não só a ambientação de Missing Link é realista e estilizada com relativo comedimento, mas a narrativa tem como foco primeiro uns poucos personagens, tornando-os peças-chave da estética da animação.

Como Treinar o Seu Dragão 3

Foram 5 anos entre Como Treinar o seu Dragão 2 e este capítulo final, mas parece que o roteiro tomou só uma tarde desse processo todo. Não lembro bem se o 1 e o 2 tinham a pegada cômica tão pronunciada, mas aqui ela definitivamente encaixa mal, seja nas piadas recorrentes questionáveis ou em certas lutas que deveriam ser menos Kung Fu Panda e mais… emocionantes, talvez? O ritmo da narrativa também tem seus soluços (mals ae, foi mais forte que eu), tropeços e flashbacks forçados, mas não chega a ser terrível.